TY - JOUR AU - Zahreddine, Danny AU - Pires, Guilherme Di Lorenzo PY - 2016/04/30 Y2 - 2024/03/29 TI - A Irmandade Muçulmana Egípcia: Aspectos transnacionais e nacionais de sua atuação política JF - Carta Internacional JA - Rev. Carta Inter. VL - 11 IS - 1 SE - Artigos DO - 10.21530/ci.v11n1.2016.315 UR - https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/315 SP - 118-143 AB - O artigo apresenta um balanço da história da Irmandade Muçulmana e sua relação com os sucessivos governos egípcios desde 1928, ano da criação da Irmandade por Hassan al-Banna. Uma abordagem histórica que vislumbre os caminhos políticos da Irmandade Muçulmana no decorrer das décadas mostra os processos que induziram mudanças significativas na agenda política da organização. Nas primeiras décadas de existência, a Irmandade Muçulmana era uma organização com vocação transnacional e engajada no combate ao colonialismo, ao imperialismo e ao regime egípcio, visto como corrupto e imoral. Para estas contendas, a organização desenvolveu uma ideologia militante e radical que encorajava ações drásticas, e até mesmo violentas. Contudo, desde o governo de Anwar Saddat, a Irmandade Muçulmana vem adotando uma postura diferente em relação à política, na medida em que ganhou legitimação social informal, ainda que não tenha recebido o reconhecimento legal. A partir deste momento, a Irmandade teve uma relação complexa com o regime egípcio, caracterizada por um ciclo de acomodação e coerção por parte do regime. Fatores políticos e sociais são fundamentais para a compreensão da mudança da agenda política da Irmandade Muçulmana de uma organização intransigente engajada nas questões regionais para uma organização que busca a aceitação institucional doméstica. ER -