TY - JOUR AU - Ribeiro, Renata Corrêa PY - 2017/09/26 Y2 - 2024/03/29 TI - Política Externa Independente e a institucionalização das atividades espaciais no Brasil: histórias cruzadas JF - Carta Internacional JA - Rev. Carta Inter. VL - 12 IS - 2 SE - Artigos DO - 10.21530/ci.v12n2.2017.660 UR - https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/660 SP - 197 - 218 AB - <p>O primeiro país a se lançar ao cosmos foi a União Soviética, ao lançar o satélite <em>Sputnik I,</em> em 1957. A partir de então, o espaço se tornou a nova fronteira para a projeção de prestígio nacional e poderio dos Estados, principalmente EUA e URSS. Posteriormente, diversas nações desenvolveram a tecnologia e passaram a disputar com as duas superpotências o domínio da ciência e do acesso ao espaço. O Brasil foi um dos pioneiros, entre os países em desenvolvimento, a se inclinar para as ciências espaciais. Em 1961, ainda durante o governo de Jânio Quadros, o programa espacial brasileiro começou a tomar uma forma institucionalizada, com a preocupação com a formação de cientistas e o estabelecimento de uma infraestrutura física com institutos de pesquisa e centros de lançamento. Questiona-se, no entanto, o motivo pelo qual as atividades espaciais terem sido iniciadas no Brasil em 1961. O objetivo deste artigo é, portanto, apresentar as razões que levaram à institucionalização das atividades espaciais durante a curta gestão de Jânio Quadros, a partir da criação do GOCNAE, em 1961. Argumenta-se que o caráter arrojado da política externa instituída por esse presidente, a chamada “Política Externa Independente”, possibilitou uma atuação mais pragmática em relação às ciências espaciais.</p> ER -