TY - JOUR AU - Maione, Emerson AU - Rodrigues, Thiago PY - 2019/05/21 Y2 - 2024/03/29 TI - Genealogia e Agonismo como Metodologia nas Relações Internacionais: Reflexões a partir da Justiça de Transição JF - Carta Internacional JA - Rev. Carta Inter. VL - 14 IS - 1 SE - Artigos DO - 10.21530/ci.v14n1.2019.821 UR - https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/821 SP - 153-176 AB - <p>Este artigo baseia-se em sugestões teórico-metodológicas de Michel Foucault. Em especial,<br>focaremos a analítica das relações de poder/saber, a genealogia, o agonismo, e as visões<br>desse autor sobre justiça, veridicção e constituição dos sujeitos. Para sugerir como trabalha a<br>metodologia genealógica, trazemos breves ilustrações sobre justiça de transição. Daí emerge<br>uma sugestão de análise da justiça de transição que visa enxergá-la não como algo que<br>apenas busque romanticamente a “verdade” e a “justiça”, mas também como uma verdadeira<br>frente de batalha cujo resultado dependerá das variações das relações de força em embates<br>localizados. Sugere-se, portanto, que a genealogia é uma metodologia capaz de gerar análises<br>que fujam do maniqueísmo que estabelece, rigidamente, o “certo” e o “errado”, o “justo” e<br>o “injusto”. E uma vez que a genealogia é, em si mesma, uma abordagem altamente política,&nbsp;parcial, ela busca questionar discursos que, ao contrário, se apresentam como neutros e<br>universais. Por isso ela se foca não em “objetos” rígidos e supostamente isoláveis do conjunto<br>de acontecimentos sociais, mas interpela os acontecimentos, discursos e práticas de poder,<br>interessada em identificar quais relações de poder e saber moldaram tal objeto.</p> ER -