Enriquecimento de animosidades: o início da política nuclear brasileira

Autores

  • Túlio Sérgio Henriques Ferreira UFPB
  • Vanessa Horácio Lira UFPB - PPGCPRI

DOI:

https://doi.org/10.21530/ci.v11n3.2016.514

Palavras-chave:

política externa brasileira, política nuclear, relações bilaterais Brasil-Estados Unidos

Resumo

O artigo trata do início da política externa do Brasil para a questão nuclear e analisa o processo decisório das políticas adotadas pelo governo brasileiro sobre o tema. Estuda o período entre as primeiras atividades de pesquisa nuclear no Brasil, na década de 1930, e os desdobramentos da CPI da Energia Atômica instaurada no governo de Juscelino Kubitschek em 1956. Conjuntura na qual o Brasil vivencia transição política, debate sobre o desenvolvimento econômico e sentimento antiamericanista. No período são celebrados quatro acordos bilaterais com os EUA referentes à questão nuclear. Negociações que refletem interesses defendidos por distintos grupos sociais, políticos e econômicos da nação brasileira. Identificam-se quais atores compuseram o quadro dos processos decisórios, como atuaram e como suas decisões influenciaram na política externa brasileira para os átomos.

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Biografia do Autor

Túlio Sérgio Henriques Ferreira, UFPB

Professor Adjunto Departamento Relações Internacionais

Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais 

 

Vanessa Horácio Lira, UFPB - PPGCPRI

Mestrando no PPGCPRI

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Publicado

2016-12-30

Como Citar

Ferreira, T. S. H., & Lira, V. H. (2016). Enriquecimento de animosidades: o início da política nuclear brasileira. Carta Internacional, 11(3), 77–98. https://doi.org/10.21530/ci.v11n3.2016.514

Edição

Seção

Artigos