Democracia cercada. Uma análise sobre os muros de fronteira com base no “paradoxo da legitimidade democrática” de Seyla Benhabib

Autores

  • RICARDO GESTEIRA RAMOS DE ALMEIDA UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

DOI:

https://doi.org/10.21530/ci.v15n1.2020.1001

Resumo

Este artigo analisa os processos de cercamento de fronteiras estatais nos últimos trinta anos, de modo a compreender em que medida eles integram uma dinâmica contraditória própria da democracia liberal, acentuada a partir dos impactos que a interconexão entre os sistemas políticos, sociais, culturais e econômicos, proporcionada pela globalização, impuseram ao Estado-nação. O texto está redigido em duas seções, sendo a primeira dedicada à exposição sobre os processos de cercamento físico de fronteira a partir de 1989. A análise desenvolvida na primeira seção acentua o aumento numérico e a mudança de funcionalidade dos muros de fronteira como aspectos contraditórios à concepção de globalização cosmopolita. A segunda seção se apropria da ideia de paradoxo da legitimidade democrática, de Seyla Benhabib, para desenvolver a abordagem teórico-analítica acerca dos efeitos da globalização sobre o modelo do Estado soberano vestifaliano, relação essa que permite compreender não só a dinâmica de cercamentos como aspectos não explícitos da própria globalização.

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Publicado

2020-04-03

Como Citar

GESTEIRA RAMOS DE ALMEIDA, R. (2020). Democracia cercada. Uma análise sobre os muros de fronteira com base no “paradoxo da legitimidade democrática” de Seyla Benhabib. Carta Internacional, 15(1). https://doi.org/10.21530/ci.v15n1.2020.1001